terça-feira, 30 de abril de 2013

A violência.



Sobre a violência.

Choramos a morte de muitos cidadãos, choramos a morte de inúmeros inocentes.
Choramos a morte de tantas vítimas, foram tantas as perdas que as lágrimas já estão esgotadas diante de um quadro onde o medo e a insegurança tomou conta do país.
São homens, são mulheres, são crianças
No meio de tantas perdas, tanto sangue derramado, resta um pensamento sombrio e uma pergunta:
Quando forem afetados os altos dignitários, os altos escalões, os poderosos com seus transportes blindados, os condomínios luxuosos com seus diversos mecanismos de defesa, os detentores do poder, somente aí vai se pensar e ousar tomar medidas preventivas, efetivas que tenha efeito para coibir a onda de crime, essa onda de impunidade no país?
A violência não se deseja a ninguém, mas enquanto só afetar a classe dos menos favorecidos, nenhuma medida será aplicada para sanar a situação caótica implantada e vivenciada no nosso cotidiano.
Só então serão tomadas medidas de segurança que de fato termine com essa criminalidade que está à solta. Somente com medidas diferenciadas, com atitudes que transforme o sistema carcerário, cumprimento de leis, que a punição seja igual para cada tipo de delito, independente do status do cidadão que o praticou, que não seja eleito somente o pobre para ir para cadeia, somente assim teremos resultados concretos.
A cada notícia, a cada manchete escancarada pela imprensa, jogada nos nossos lares de manhã à noite, a qual convivemos como se fossem nosso ritual do dia.
Instala-se nos nossos cérebros qual foi à vítima dessa vez, quantos foram, qual grau de violência, estamos ávidos pelas particularidades de cada caso.
E nos vemos como espectadores sendo levados a odiar este ou aquele, conforme nos chegam às informações, difundidas pela mídia.
Caminhamos sendo levados pela telinha que espreita as noticias apavorantes, recheadas de detalhes, seja perto ou longe, ela está lá, a nos assustar, amedrontar, a tirar-nos a paz.
Precisamos de agentes transformadores, precisamos de medidas que erradiquem a impunidade no país. Não é o gesto até então praticado em nosso falido sistema penitenciário que transforma o infrator numa pessoa bem pior do que quando foi encarcerado,
Não é amontoando pessoas num cubículo e obrigando os a conviver numa cela onde não se tem nenhuma medida de dignidade, confinando o cidadão ao abandono e a sua própria sorte
Enquanto não se investir em programas de recuperação, de instrução, valorização do ser humano, independente de sua condição, não se chegará a resultados satisfatórios.
Punir o delito, punir o culpado, são medidas que devem ser sempre encaradas e exercidas, mas a que ser independente da condição social, cor, religião ou raça.
Para se erradicar a violência, há que se tomar medidas de respeito ao cidadão, semeando formas de valorização da vida, valorização da dignidade, empreendendo medidas que torne possível a convivência saudável entre as pessoas, diminuindo espaços entre as classes sociais, viabilizando uma boa educação, amparo as famílias em estado de necessidades básicas, acabar com o preconceito de raça, cor, situação financeira, status.
Há que se renovar o compromisso das autoridades, das lideranças, empenhar em buscar métodos de construção de uma comunidade de Paz, construir modelos de convivência pacifica, de respeito com o outro ser humano.
Valorizar a vida esteja onde ela estiver.
Nos centros das cidades, nos condomínios luxuosos com todos os confortos materiais ou nas humildes casinhas de pobres trabalhadores, nos distantes bairros das periferias.
Diminuindo a intolerância e os preconceitos, somente assim poderemos sonhar em ter um mundo melhor, uma sociedade mais justa e um mundo mais humano.

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