terça-feira, 30 de abril de 2013

A violência.



Sobre a violência.

Choramos a morte de muitos cidadãos, choramos a morte de inúmeros inocentes.
Choramos a morte de tantas vítimas, foram tantas as perdas que as lágrimas já estão esgotadas diante de um quadro onde o medo e a insegurança tomou conta do país.
São homens, são mulheres, são crianças
No meio de tantas perdas, tanto sangue derramado, resta um pensamento sombrio e uma pergunta:
Quando forem afetados os altos dignitários, os altos escalões, os poderosos com seus transportes blindados, os condomínios luxuosos com seus diversos mecanismos de defesa, os detentores do poder, somente aí vai se pensar e ousar tomar medidas preventivas, efetivas que tenha efeito para coibir a onda de crime, essa onda de impunidade no país?
A violência não se deseja a ninguém, mas enquanto só afetar a classe dos menos favorecidos, nenhuma medida será aplicada para sanar a situação caótica implantada e vivenciada no nosso cotidiano.
Só então serão tomadas medidas de segurança que de fato termine com essa criminalidade que está à solta. Somente com medidas diferenciadas, com atitudes que transforme o sistema carcerário, cumprimento de leis, que a punição seja igual para cada tipo de delito, independente do status do cidadão que o praticou, que não seja eleito somente o pobre para ir para cadeia, somente assim teremos resultados concretos.
A cada notícia, a cada manchete escancarada pela imprensa, jogada nos nossos lares de manhã à noite, a qual convivemos como se fossem nosso ritual do dia.
Instala-se nos nossos cérebros qual foi à vítima dessa vez, quantos foram, qual grau de violência, estamos ávidos pelas particularidades de cada caso.
E nos vemos como espectadores sendo levados a odiar este ou aquele, conforme nos chegam às informações, difundidas pela mídia.
Caminhamos sendo levados pela telinha que espreita as noticias apavorantes, recheadas de detalhes, seja perto ou longe, ela está lá, a nos assustar, amedrontar, a tirar-nos a paz.
Precisamos de agentes transformadores, precisamos de medidas que erradiquem a impunidade no país. Não é o gesto até então praticado em nosso falido sistema penitenciário que transforma o infrator numa pessoa bem pior do que quando foi encarcerado,
Não é amontoando pessoas num cubículo e obrigando os a conviver numa cela onde não se tem nenhuma medida de dignidade, confinando o cidadão ao abandono e a sua própria sorte
Enquanto não se investir em programas de recuperação, de instrução, valorização do ser humano, independente de sua condição, não se chegará a resultados satisfatórios.
Punir o delito, punir o culpado, são medidas que devem ser sempre encaradas e exercidas, mas a que ser independente da condição social, cor, religião ou raça.
Para se erradicar a violência, há que se tomar medidas de respeito ao cidadão, semeando formas de valorização da vida, valorização da dignidade, empreendendo medidas que torne possível a convivência saudável entre as pessoas, diminuindo espaços entre as classes sociais, viabilizando uma boa educação, amparo as famílias em estado de necessidades básicas, acabar com o preconceito de raça, cor, situação financeira, status.
Há que se renovar o compromisso das autoridades, das lideranças, empenhar em buscar métodos de construção de uma comunidade de Paz, construir modelos de convivência pacifica, de respeito com o outro ser humano.
Valorizar a vida esteja onde ela estiver.
Nos centros das cidades, nos condomínios luxuosos com todos os confortos materiais ou nas humildes casinhas de pobres trabalhadores, nos distantes bairros das periferias.
Diminuindo a intolerância e os preconceitos, somente assim poderemos sonhar em ter um mundo melhor, uma sociedade mais justa e um mundo mais humano.

Não tomar o nome de Deus em vão!




Um dos mandamentos da Lei de Deus.
Não tomar seu Santo Nome em vão.

Quando Deus entregou a Moisés a tábua que continha os Dez Mandamentos, Ele deixou uma Lei que era expressamente proibido tomar Seu Santo Nome em vão.
E hoje, mesmo sem que prestemos atenção é o que mais fazemos em nosso dia a dia.
Virou moda inserir o nome de Deus em qualquer diálogo cotidiano.
Virou palavra corriqueira e usada como se fosse um simples jargão, a qual usamos sem prestar a mínima atenção.
Tornou-se trivial em diversos programas de TV, em frases de internet, em sites de auto promoção, em quadrinhos de revistas, em programas humorísticos, em jornais, em todo canto.
Usamos e abusamos desse nome.
Se desejo seguir  uma  religião que conduz o ser humano em direção ao seu "Criador", buscando um  algo mais diante desta realidade insana que estamos vivemos.
Se tivermos sido orientados a ter uma religião, e que esta pregue a doutrina dos mandamentos deixados por um Ser Maior, Criador do Céu e da Terra.
Este é o Mestre da humanidade e Dele somos todos  filhos .
Este Deus impera e rege sobre toda criatura, somos destinados a buscar e observar  leis que regem esse ensinamento, para que não seja palavras jogadas ao vento.
Se acreditamos que Essa força é maior do que tudo o que vemos e tocamos,  não é uma simples palavra mágica, que utilizamos meramente a nosso bel prazer.
Ela implica em ação, em atuação, em mudança.
Ela dita regras quer gostemos ou não, está implícito no mecanismo que, se me considero uma pessoa que crê em Um Deus Divino, acima de todas as coisas deste mundo, e se faço parte de uma humanidade regida por esta Divindade, então tenho meus direitos, mas também meus deveres.
Devo respeitá-lo, Admirá-lo, e isto requer que eu tenha compromisso e cuidados, sou responsável pela manutenção destes preceitos.
Estamos vivenciando uma geração do ter, do ser, do prazer.
Não queremos nada que seja difícil, não queremos nos desinstalar do nosso comodismo, das nossas ideias confortáveis, do nosso imediatismo.
É confortável vivermos achando que temos o direito de ter tudo, que palavrinhas mágicas vai nos fazer felizes, que logo na esquina vai ter um super-homem para nos livrar dos perigos e desconfortos, não estamos mais habituados a sofrer, e a qualquer custo, vamos entorpecendo nossos pensamentos com frases feitas, com fórmulas de auto ajuda, com prazeres imediatistas.
Vamos saciando nossas carências, nosso vazio interior, com consumismos e idealismos.
Para nos tornarmos digno de ser descendentes deste Magnífico Criador, temos também que zelar, promover uma conduta que não ultraje os preceitos dessa Lei.
Temos que tentar praticar e observar o que o Mestre nos manda fazer.
Pois Ele deu ordens e estas são princípios fundamentais para que se abra um caminho entre o Ser e as criaturas. Um canal entre Deus e os homens.
A humanidade está procurando soluções fáceis, fórmulas prontas, fazemos nossas próprias orações, não queremos ter o compromisso de seguir preceitos antigos, vamos inventando novas religiões, novas teorias, novas seitas, desde que possamos agir do nosso modo e não contrariar as correntes modernistas, onde o momento é o agora, a solução é magia, queremos colocar Deus em nosso contexto.
Sabemos que não é nada fácil, mas Ele também disse que não seria fácil segui-lo.
Os mandamentos existem, são regras, são deveres, são leis.
Podemos passar ao largo e escolher somente o que nos convém.
Mas podemos também tentar praticar, mesmo que seja em pequeninas gotas, fazer o que o Mestre mandou.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia do Ìndio. Como será que eles estão se sentindo???


Dia do Ìndio, nada a comemorar....

Eles tinham tudo....

Eles tinham a terra, tinham os rios, tinham os peixes, tinham a caça, tinham a lua, tinham as estrelas....
E um um dia vieram e lhes tiraram tudo, a terra, a pureza, a liberdade.
Confinaram os aos recantos de um pedaço de chão,a eles que eram os donos de tudo.
Roubaram sua esperança, trouxeram-lhes doenças.
Compraram -lhes com presentes, abusaram de suas mulheres, usaram de sua ingenuidade para confiscar-lhes as terras, seu mundo.
Poluiram seus rios, secaram as nascentes, nublaram seu céu, ocultaram suas estrelas com fumaças e poluição.
Apagaram sua fé, sua crença, sua religião, sua cultura.
O pouco que restam, valentes guerreiros, ainda lutam para permanecer vivos.
Poucos sobraram para contar suas histórias, para tentar ainda sobreviver com o pouco que lhes deixaram.
Nada a comemorar.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Meu Deus! Hoje venho te pedir Sabedoria!


Minha oração hoje Deus, é para Te pedir sabedoria,

Sabedoria para aceitar aquelas coisas que tenho dificuldade de suportar.
Sabedoria para saber lidar com aqueles problemas que são maiores do que eu.
Sabedoria para não abrir a boca na hora errrada e dizer coisas que depois vou me arrepender.
Sabedoria para ver as coisas não só do meu ponto de vista, mas que seja para o bem coletivo.
Sabedoria para olhar para as coisas de um geito que elas não me induzam a conclusões erradas.
Sabedoria para distinguir o certo do errado.
Sabedoria para não deixar meu coração mergulhar no orgulho.
Sabedoria para em qualquer circunstância eu me mantenha humilde.
Sabedoria para que eu não perca a sanidade tentando ter sempre razão.
Sabedoria para tentar ver o melhor em cada ser humano que cruzar meu caminho.
Sabedoria para tomar atitudes que não fira nem magoe outro ser humano.
Sabedoria para tentar ser sempre coerente com meus preceitos.
Sabedoria para tentar entender que nem todos pensam como eu.
Sabedoria para verificar a verdade dos fatos antes de julgar alguma situação.
Sabedoria para tentar sempre nunca julgar ninguém.
Sabedoria para lidar com aquelas pessoas difíceis.
Sabedoria para tentar sempre ver a verdade de cada um.
Sabedoria para sempre que estiver com a cabeça quente, eu me aquiete e reflita.
Sabedoria para que não veja meu semelhante como um inimigo.
Sabedoria para crer sempre que a verdade tem dois lados.
Sabedoria para que sempre olhe a necessidade de meu semelhante.
Sabedoria para acreditar que todos temos o mesmos direitos.
Sabedoria para ver através da simples aparencia.
Sabedoria para olhar com doçura aqueles que me magoam.
Sabedoria para me orientar nas decisões complicadas.
Sabedoria para me cercar em situações onde devo ser testada.
Sabedoria para pensar e não proferir palavras que ofenda alguém.
Sabedoria para agir, falar e fazer sempre o que for correto.
Amém!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Uma breve oração.


Querido Deus......!

Quero te pedir hoje que tenhas compaixão desse povo teu tão sofredor.

Quero te pedir paz para todos os que são vítimas das guerras,
Quero te pedir alimento para todos os que padecem desta triste realidade.
Quero te pedir abrigo para todos os abandonados.
Quero te pedir consolo para todos os que se sentem desesperados.
Quero te pedir forças para todos os desesperançados.
Quero te pedir perdão para todos os que praticam atos arbitrários que prejudicam outros semelhantes.
Quero te pedir alegria aos que perderam sua capacidade de sorrir.
Quero te pedir esperança para aqueles que já não esperam mais nada.
Quero te pedir forças para aqueles que já não aguentam mais.
Quero te pedir pureza para aqueles cujos corações estão endurecidos.
Quero te pedir ternura para aqueles que já não sentem mais o doce sabor da vida.
Quero te pedir amizade para aqueles que já não se cumprimentam mais.
Quero te pedir amparo para aqueles que precisam de alguém para os socorrer.
Quero te pedir gentileza para aqueles que já se tornaram rudes.
Quero te pedir fortaleza para todos aqueles que estão caídos e exaustos.
Quero te pedir Amor para todos os corações para que voltem a acreditar que ainda podemos sonhar e acreditar em um mundo melhor!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

ONU - Em visita ao Brasil - Como o país deve se organizar para coibir tantas prisões arbitrárias.

Karine Melo

Repórter da Agência Brasil

Brasília Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentado nesta quinta-feira (28) aponta que medidas o Brasil precisa tomar para evitar casos de prisões arbitrárias. O documento foi feito por um grupo de peritos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da organização, que visitou o país para identificar violações que possam resultar em prisões indevidas.

O documento preliminar destaca, dentre os aspectos negativos, o número ainda pequeno de defensores públicos no país. Há estados que não têm defensoria pública e em algumas cidades os defensores chegam a ter 800 casos, o que torna impossível fazer uma boa defesa. Isso é uma coisa que tem que melhorar rápido, disse o advogado chileno Roberto Garretón .

Com base em visitas a prisões, delegacias, centros de detenção para imigrantes e instituições psiquiátricas de Campo Grande (MT), Fortaleza (CE), do Rio de Janeiro (RJ), de São Paulo (SP) e Brasília (DF), o grupo também observou que embora o Brasil tenha uma boa legislação para penas alternativas, a principal medida de punição ainda é a prisão.

A comissão considera que por uma questão cultural, os juízes brasileiros ainda resistem em aplicar medidas alternativas. Segundo o grupo, com 550 mil presos o Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, quase metade desse total 217 mil pessoas ainda aguardam julgamento.

Apesar de nessas visitas não ter sido analisado nenhum caso específico, as internações compulsórias para dependentes de crack também estão na lista de preocupações. O que nos disseram é que durante os grandes eventos (Copa do Mundo e Olimpíadas) o Brasil quer mostrar sua melhor cara, disse Roberto Garretón. Os representantes da ONU ressaltaram que a questão não é como remover esses dependentes das ruas, mas sim como tratá-los.

Outro ponto, diz repeito à demora para que o preso vá a julgamento no Brasil. Segundo a comissão, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, adotado pelo Brasil desde 1992, diz que qualquer pessoa presa deverá ser conduzida, sem demora, à presença do juiz ou de outra autoridade habilitada por lei a exercer funções e terá o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade. Apesar disso, o grupo verificou que aqui, o juiz é apenas comunicado pela autoridade policial que houve uma prisão, isso não é cumprir o pacto, disse o advogado.

O documento preliminar, foi entregue ontem (27) a vários órgãos do governo e do judiciário como a Secretaria de Direitos Humanos, o Ministério da Justiça, e o Supremo Tribunal Federal. O relatório final detalhado da visita será apresentado em março de 2014 ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça,

Edição: Denise Griesinger

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Líderes que inspiraram a Paz! Gandhi e Martin L.King.

Sobre a Cultura de Paz

Líderes que inspiram a paz

Mahatma Gandhi foi um dos maiores líderes pacifistas da história, levando multidões a conhecer e a praticar o significado da não violência, na sua luta pela independência da Índia. Certa vez o líder indiano comentou o seguinte: "Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mas nunca a matar por ela!". Quando, em certos momentos, a violência começou a se manifestar entre os indianos, Gandhi praticou o jejum, por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de sensibilizar seus seguidores a não fazer uso da violência.

No outro lado do mundo, Martin Luther King, no seu famoso discurso "Eu tenho um sonho", em 1963, exortou os seus ouvintes com toda a convicção a lutarem pela liberdade e dignidade dos negros nos EUA, que na época sofriam segregação racial, violência policial e perseguições diversas. Porém, acrescentou no seu discurso "Não devemos deixar que nosso criativo protesto degenere em violência física. Sempre e cada vez mais devemos nos erguer às alturas majestosas de enfrentar a força física com a força da alma".

Homens como Gandhi e Martin Luther King provaram ao mundo que é possível promover grandes mudanças sem lançar mão da violência como forma de resolver conflitos. A Índia conheceu sua independência depois de décadas de diálogos e protestos pacíficos, liderados por Gandhi e seus discípulos. As leis racistas americanas foram abolidas graças ao empenho e à persistência de Martin Luther King e seus seguidores.

Os grandes líderes da humanidade nos ensinam que a não violência não se confunde com passividade ou harmonia idealizada. A não violência é um caminho que exige um exercício contínuo e incansável de diálogo, uma luta determinada e persistente contra as injustiças, uma prática constante de ações criativas em prol da humanidade.

Como vivemos numa época em que carecemos de bons modelos éticos para guiar nossas ações, busquemos nas belas páginas das vidas dos grandes líderes do passado a inspiração necessária para fazer a nossa parte na construção de uma cultura da paz no presente. E se houver lutas nesta construção, que elas aconteçam com a força da alma!

Marcos Alan Viana
Psicólogo
Equipe operacional PNV
www.naoviolencia.org.br

Maneiras de enfrentar os conflitos.

Original(Instituto não Violência,Paz nas Escolas)


Sobre a Cultura de Paz

Diferentes Estilos para Lidar com Conflitos

Agora que você é um expert em compreender o que é um conflito, vamos relembrar como você lida com conflitos. Relaxe, isto vai ser fácil. Nós dividimos os métodos de resolução de conflitos em cinco estilos básicos:

- Acomodação: "O que você disser está bom para mim".
Você tende a concordar com as outras pessoas para sair de um conflito. Então, você nunca revela o que realmente pensa ou sente. Você mantém a paz e seus relacio-namentos, mas a sua opinião nunca é levada em conta e as suas necessidades são raramente satisfeitas.

- Fuga: "Deixe-me em paz!" - "Não é minha culpa".
Se você é envolvido em um conflito, você disfarça, olha em outra direção, sai da sala, muda de assunto, deixa pra mais tarde, ou até nega que haja qualquer problema. Bem, você nunca vai entrar em uma briga, entretanto, você também não resolve os seus conflitos e problemas.

- Agressividade: "Ou o meu jeito ou nada feito, amigo!" Ganhar um conflito é mais importante para você do que resolver o problema. Você tende a acusar e culpar o outro. Você pode gritar, empurrar ou até bater. Tudo para ter o que quer. Você sempre fala e toma uma posição forte, porém a sua insensibilidade aos outros pode estragar relacionamentos e o problema pode aumentar e transformar-se em violência.

- Acordo: "Eu tenho um acordo/solução para vocês!"
Você não quer ser incomodado por um conflito, então você procura a solução mais rápida possível. Você tenta encontrar um acordo NO QUAL NENHUM DOS LADOS PERCA, MAS NINGUÉM SAI VENCEDOR TAMBÉM. Você é flexível e consegue encontrar pontos em comum que mantêm os dois lados mais ou menos felizes, contudo, você está mais preocupado em encerrar um conflito rapidamente, do que de forma justa.

- Colaboração: "Vamos resolver isso juntos".
Você se concentra na resolução dos problemas. Você não culpa ou acusa; ao invés disso, você escuta e reconhece os sentimentos e necessidades do outro. Você diz à outra pessoa como você se sente, oferece sugestões e idéias, e procura soluções justas. Você começa buscando pontos em comum. Você trabalha com a outra pessoa para levantar o maior número de opções possível, e concorda com uma solução que satisfaz a ambos. Se o conflito não pode ser resolvido, ou parece que ele vai levar à violência, você sabe que é hora de pedir ajuda a alguém. Entretanto, ninguém jamais disse que agir desta forma é fácil. Exige estratégia, tempo, compromisso, e coragem.

sábado, 13 de abril de 2013

13 de Abril - Dia do Hino Nacional.



Deitado eternamente em berço explêndido.


Até havia esquecido esta data, pois é tão raro ouvir alguma alusão ao nosso Hino Nacional. Somente o ouvimos, no início de jogos de um campeonato de futebol, ou na disputa de algum esporte em fases eliminatórias.
É apenas uma letra ultrapassada distante ou conta nos um pouco da história do nosso povo? É apenas a letra de uma música que ficou nos arquivos da aula de história?
A quem devemos culpar pela desatenção com as datas e os marcos históricos do passado de nosso país?
Será uma política que não investe em Educação, não investe na preservação da Cultura, na informação aos nossos cidadãos?
Será uma Imprensa sedenta de notícias sensacionalistas que desinforma a população, manipulando e editando apenas o que vai dar mais ibope???
Seremos nós mesmos, que numa fase de extrema apatia, não nos interessamos mais pelo nosso país, nossos irmãos brasileiros? Nos fechamos em um mundo completamente individualista e não queremos perder tempo precioso para pensar em nada que não seja um metro ,além do nosso próprio círculo de intresses.
Pobre Brasil, que de tão rico, está pobre, por tamanha Indiferença de seu povo.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Esqueça o cão, cuidado com a dona!



Sobre animais e seus respectivos donos!

Eu sempre ouvi dizer que cada dono tem o cão que merece.
Então pensei em meus três cães que me acompanharam boa parte de minha vida.

A 1ª era uma cachorrinha mestiça, bom,  - aquilo não era nem uma cachorra e nem um gato, pois saltava sobre um muro de pelo menos 02 metros de altura quando queria alguma coisa, olhava para nossa cara e avisava que ia aprontar alguma, comia todo sapato que encontrava, sempre disposta a bagunçar. -Teve uma época, que se não estivesse nenhum dos moradores da casa, ela pulava o dito muro e ia pedir abrigo na casa de duas vizinhas e se enfiava debaixo da cama, e só saia quando algum de nós retornasse. -Ia atrás da secretária até o ponto de ônibus e causava a maior confusão querendo ir junto, e sempre que saíamos de carro, pulava para dentro ou ia correndo atrás, e isso em distancia bem longa.  -Toda vez, sair de casa era um tormento!  E quando soltavam fogos ou barulho de trovão era outra dificuldade, queria pular a janela de dentro para fora, e olha que era bem alta, para se enfiar embaixo das camas. Aprontou muito.

O 2º era um cão que veio por engano, uma propaganda enganosa,  disseram que era filhote de pastor belga com capa preta, bom, no final,era um tremendo vira latas, cresceu,  se tornou um cão magro e feio, o mais mal humorado que já ouvi falar. - Bravo, não se podia chegar perto, arreganhava os dentes e mordia mesmo, até,  a dona levei mordida, banho nem pensar, avançava e tentava morder. Não sei se já nasceu mal humorado ou foi uma vacina ( em campanhas ), que tomou quando era filhote, o rapaz que aplicou a tal vacina, pode ter pegado em algum nervo ou algum pedaço, além da pele. Não aceitava carinho, não gostava de brincadeiras, erguia uma só orelha e ficava encarando,era invocado, rosnava, mostrava os dentes, era ameaçador.

A 3ª era um filhote de pitibull, brincalhona, meiga,carinhosa, adorava mimos, gostava de pessoas, de água, de se estender ao sol, respeitava os outros dois, até na hora da comida, da água. Cresceu, ficou enorme, aí veio o temor, com tantas notícias de ataques, que a raça era condenada, que era perigosa, institui-se uma aura de desconfiança, até que ponto se podia confiar nela?  Era amor e medo. Se chegava alguém, a apreensão também chegava, até que ficou quase totalmente isolada, pois não podia dar oportunidade ao azar e se????  Era tantos casos de ataques, que a mesmo sendo dócil, tínhamos que manter a distancia, brincar com cautela, afastar toda e qualquer possível vítima.

Estou a pensar se for isso mesmo, tenho que ter cuidado na próxima tentativa de adotar um cão, repensar minha vida, minhas atitudes.
Pois o pobre cãozinho muitas vezes não merece o dono que tem.

"A Ditadura da beleza e da estética"


Somos pessoas especiais!

A moda, a tv e a mídia.
E nós os simples mortais???

Estamos no domínio da aparência!.
Estamos vendo assassinarem nossas individualidades.!
Estão massacrando nossas diferenças!

As revistas anunciam todo tipo de tratamento, para perder peso, para melhorar o cabelo, para disfarçar imperfeições através da maquiagem, para ficar mais alta, para parecer menos gorda, para ter o cabelo das estrelas, para se tornar mais jovem, etc.etc.
.
Se não tivemos a tal sorte de ter nascido dotados de medidas padronizadas, ou a natureza nos desfavoreceu com alguns quilos a mais, ou com altura a menos, pronto, já somos rotulados e passamos a vida inteira a procurar métodos, até mesmo através de medicações duvidosas ou cirurgias por vezes arriscadas que nos faça chegar pelo menos mais perto do exigido e divulgado "padrão".

Há que se lembrar que somos milhares e milhares de seres humanos, vindos das mais diversas origens, herdamos tudo de nossos ancestrais e não somos cópia de nenhum outro ser vivo, tanto que nossas digitais são simplesmente Únicas e não temos ninguém semelhante a nós mesmos.

Então, porque a ditadura de uma minoria, que impõe o que devo vestir, o que devo calçar, e que tenho que modificar meu corpo para ficar "parecido" com este ou aquele???

Quando nos olhamos no espelho o que vemos, é a cópia do outro, ou é nossa própria imagem que vemos????
O meu cabelo é assim porque tinha que ser.
Os contornos do meu corpo é o resultado da "química de nossos pais", que carregamos para vida, e ainda iremos repassando esses mesmos contornos aos nossos descendentes até o fim.

Nesta cultura torturante de ser como a atriz famosa, perdemos nossa autenticidade, nossas diferenças.

E que lindo se sou negra, branca,  mestiça,  índia, mulata,  morena, asiática,

Tenho mais é que valorizar os meus pontos fortes, o meu cabelo, meu corpo, meu jeito, enfim, cada criatura tem sua beleza especial, todos somos originais.

Claro que continuaremos com a busca da saúde, da perda da gordura que não faz bem, e não deixaremos o cabelo ressecado, cuidemos da pele, da postura, de vestir uma roupa adequada ao clima de nosso país
Vestiremos calçados confortáveis.
Se necessário corrigiremos alguma imperfeição cirurgicamente, mas sem que isso modifique nosso original.

Chega dessa ditadura, desses desmando da moda, da aparência como prioridade,
Vamos cultuar a saúde, a gentileza com nossos corpos, com nossa forma, com nossas diferenças.

Somos especiais, e nenhum artista ou brilhante cirurgião poderá imprimir uma nova marca ao nosso corpo. Ela já está pronta e é muito especial.

"A pérola a idosa e a filha."



É só um relato.

Um fato me chamou a atenção .
Estava  em um ônibus, e ao descer  avistei  uma jovem senhorinha, tentando descer do coletivo com uma idosa.
Ela tratava a outra com tanta atenção, tanto carinho que chamou a atenção de todos os passageiros.
Pediu para o cobrador pedir para o motorista que a esperasse descer, pois tinha medo que o motorista "arrancasse", e ela cairia. Os que estavam mais perto, se dispuseram a ajudá-las e no fim, até eu.
Ao apoiá-la, já no chão, ela me deu um sorriso enorme e disse: Preciso cuidar bem, pois ela é "uma pérola".
Aquilo ficou na minha mente e no meu coração.
Comparado ao que já vi e observei nesta vida em relação no cuidado ao idoso, aquilo foi impressionante.
Até me recordo de uma pequena frase de um amigo" o que os olhos vê ou viu, livro algum é capaz de descrever".
Tem emoções, tem sentimentos que mesmo os melhores autores, se quisessem, não poderiam jamais sequer transcrever.
Fica o relato, fica a sensação:
Uma lembrança boa, uma recordação da sensibilidade e gentileza, que vi e pude sentir naquele breve e pequeno gesto, naquele pequeno espaço de tempo, talvez nem um minuto.
Pérolas é todo o bem que temos de mais precioso,e naquele momento aquela senhora
Já idosa era a ais perfeita PÉROLA.

domingo, 7 de abril de 2013

Nossos medos, reais ou imaginarios!

mariali



Desde o nascimento adquirimos medos.

Seja quando bebês na ausência da mãe, seja na falta de uma atenção mais específica, medo de não ser atendido em uma necessidade básica.

Quando crianças é o medo do escuro, do bicho papão, de começar a frequentar a escolinha, o maternal, a escola básica.

Se jovens vêm nos o medo de não ser aceitos no grupo,  medo de não ser apreciado,  medo do corpo desajeitado, da espinha infeccionada,  medo de crescer,  medo de novas experiências,  medo do vestibular, medo da 1ª namorada(o), medo do 1º emprego.

Já adultos, os medos se multiplicam,  medo de não ter sucesso profissional,  medo de ter escolhido a carreira errada,  medo de falar em público, medo de não encontrar alguém para ser parceiro na vida amorosa e medo de encontrar e não ser correspondido, medo de ter filhos e medo de não ser suficientemente eficiente para educá-los, medo do futuro incerto, medo do desemprego, da instabilidade financeira.

São medos e mais medos: De altura, medo de lugares fechados, medo de animais, de situações, de água, de coisas desconhecidas, de dirigir, inclusive, medo de ter medo.

E há os medos da socialização, da convivência, medo da violência, medo da não realização de nossos propósitos, de nossos projetos, de nossas aspirações, medo da perdas de entes queridos, medo de envelhecer, medo de perder os status conquistados, medo de perder a fama, a comodidade, a prosperidade, a saúde,

E mais um pouco o medo da solidão, do abandono, da indiferença!

Passamos a maioria de nosso tempo a lutar contra nossos medos, reais ou adquiridos ao longo de nossa existência. Muitos desses concretos ou imaginários.

Existem os medos que vamos eliminando conforme vamos vivendo, mas existem aqueles outros que ficam ocultos, emperrando nossas vidas e trazendo por vezes muita dor e sofrimento. A atitude que tomamos referentes a esses medos é o que vai nortear nosso futuro. Ou os enfrentamos de frente , e com isso esses vão se dissipando, e perdendo seu valor, ou agarrados a estes eles nos perturbam e impedem muito de termos uma vida saudável e prazerosa.
E certamente algumas vezes teremos que recorrer a ajuda profissional especializada para encarar e enfrenta-los.
Tem medos que são coerentes e nos livram de situações perigosas, mas há os que se instalam em nossa vida e nos impedem de realizarmos muito do que desejamos.
Todos nós temos medos, de alguma coisa, de alguma situação, convivemos com ele, ás vezes, ele nos livra de situações complicadas e que nos trariam dificuldades, só não podemos cultivá-lo em excesso, pois embora ele seja um parâmetro para muitas de nossas decisões, as vezes interfere em nossa vida, impedindo que realizemos alguns sonhos e desejos.
Tentemos lidar com esses medos, ora encarando-o e lutando para que se desvaneça no ar e que perca sua força, e ora dependendo da situação, fazer as pazes com ele e agradecê-lo por nos impedir de seguir em frente com algumas atitudes que poderia só nos trazer algum mal.

sábado, 6 de abril de 2013

O declínio da música e a política no Brasil !



A música e a política no Brasil andam juntas.

A banalização e desinteresse no conteúdo da música brasileira nos reporta ao atual momento de nossa política.
Tudo está estagnado, não se procura mais por colecionar bons compositores, bons músicos, harmonia de sons. Estamos a mercê de conjuntos de cantores que balbuciam algumas palavras, repetem um refrão cansativo, atordoa nossos cérebros, cadê a música, cadê a melodia, cadê a  ideia da mensagem da música????
Da maioria das músicas atuais o que conseguimos apreciar???? Além de uma pequena frase,de que é composta a tal letra????
Parece que nossos compositores fizeram um acordo tácito com nossos governantes, pois o que se apresenta é uma apatia geral da população. Estamos anestesiados, direcionados a não pensar, para não questionar, a não ver um palmo além de nossos narizes. O momento é agora, é o refrão da música (que música?) que embotou nosso cotidiano, deixando nos a deriva de um país sem grandes expectativas.
Que saudades de Adoniran Barbosa,  Lupiscinio Rodrigues, Elis Regina,Nelson Gonçalves,Luís Gonzaga, Originais do Samba e alguns outros.
De uma gama infinita de "estrelas da música", ficaram alguns que ainda vale a pena ouvir, tais como Chico Buarque, Gal, Costa, Simone, Gonzaguinha, Maria Rita, Joana, Fagner, Zé Ramalho e mais meia dúzia que não me recordo os nomes.Os demais se valem de recursos visuais, de um monte de equipamentos acústicos e estridentes para encobrir suas deficiências musicais.
Que vai restar? O que diremos daqui a alguns anos sobre os músicos atuais? Conseguiremos lembrar de alguns nomes, ou vai ser a derrocada total?


E quanto ao nosso momento político?
O que se vê é a total banalização dos direitos do cidadão, os governos se engalfinham em ideias mirabolantes para tirar do povo sua democracia, tentam de toda forma cercar o cidadão de regras que o oprimem e barram sua expectativas de ver um país melhor, como justa distribuição de riquezas, com qualidade de vida, com respeito as suas necessidades. O povo se anula diante de um sistema político que não o representa adequadamente, que só trabalha em benefício próprio.
O povo não tem um modelo de político que desperte respeito, que os desperte do sono, que foi induzido ao ver tantos parlamentares jogando no lixo a Constituição que resguarda todo cidadão como um todo.
Difícil hoje citar um parlamentar não que tenha uma sombra de dúvida sobre sua conduta política.
Entra ano e sai ano e lá vem velhos nomes conhecidos de nossa política, cada qual prometendo um monte de renovação, é a utilização de nossas carências, e tão logo, deixamos os votos nas urnas, já nem se lembram mais do que foi que prometeram. É uma falência de valores, de expectativas, já nem mais nos espantamos quando nos deparamos com o fracasso do plano de políticos seja a ou b. Tornaram se peritos nos engodos, nas artimanhas, nos joguinhos para se manterem no poder. Não existe muitos que lutem pela ética, pela moralidade, pelo melhoramento da sociedade, pela justa cidadania.
É o cansaço do povo ao ver o tamanho dos arrochos em impostos altíssimos, que cercam o cidadão de todos os lados, é a falcatrua imperializada em todos os setores dos órgãos públicos, é o conchavo dos parlamentares, a justiça que se tornou cega e sempre tem dois pesos e duas medidas.
O cidadão está desprotegido, está sem expectativas, sem a quem confiar.
Tornou-se quieto, acomodou-se a ver tantos disparates.
É a letargia do momento.


Sobre prostituir/prostituição.





Eu, Você, Nós!

v.t. Entregar à devassidão por dinheiro; corromper; desmoralizar. / Fig. Degradar, aviltar, desonrar: prostituiu sua arte. / Fig. Degradar-se, aviltar-se; rebaixar-se, humilhar-se: prostituiu-se aos poderosos.



Ao ver a definição da palavra "prostituir"(dic. Aurélio), vem a mente um amontoado de situações onde se torna real essa expressão tão em uso no nosso cotidiano.
São centenas de ocasiões onde empregamos este verbo. Seja em pequenos ou grandes atos.
Relacionei vários tópicos (alguns bem simples),onde acredito que tentamos de certa forma levar vantagens sobre o outro.




1- Estando em um engarrafamento, e não aceitando isso, avança pelo acostamento.

2-Em uma fila enorme, você dá um jeitinho de passar à frente.

3-Deseja prioridades só porque conhece o dono de tal estabelecimento.

4-Vale-se de seus conhecimentos políticos para tirar vantagens em várias situações.

5-Vale-se de seu conhecimento ou diploma para desprezar os menos esclarecidos.

6-vale-se de sua posição social para sempre conquistar postos que deveria ser dividido entre os demais.

7-Sendo subalterno vale-se de bajulações para obter privilégios.

8-Sendo chefe usa de seu cargo para oprimir os mais servis.

9-Sendo político torna-se um aliado de transações escusas e duvidosas, para benefício próprio.

10-Sendo uma pessoa ligada a imprensa, distorce notícias somente para fazer parte da tal "mídia" dominante.

11-Sendo funcionário de repartições públicas, não cumpre seu papel de servir ao público em geral, e não somente quem lhe convém.

12-Sendo família, não respeita a pessoa do outro.

13-Sendo criança, não aceita a autoridade dos pais.

14-Sendo jovem, desdenha das regras da sociedade.

15-Sendo adulto trata os outros com preconceito.

16-Sendo empregado e não executando suas devidas funções.

17-Sendo patrão e não priorizando o bem estar dos funcionários, discriminar alguém de sua equipe.

18-Sendo comerciante praticar preços exorbitantes.

19-Sendo empresário fazer transações comerciais com regras aviltantes.

20-Sendo político onerar a população com juros absurdos.


.....e por aí vai......São tantos.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sobre a Cultura de Paz!

Sobre a Cultura de Paz

Aprender, fazendo o que não se sabe fazer
Aprendizagem: uma necessidade imposta pela vida
A vida coloca-nos, com maior ou menor frequência, conforme nossa idade e condição e, também, em virtude de nossas escolhas, frente a situações novas, que procuramos dominar sem reinventar completamente a pólvora, lançando mão de nossas aquisições e experiências, entre a inovação e a repetição. Boa parte de nossas condições de existência é desse tipo. Com efeito, nossa vida não é tão estereotipada para que, a cada dia, tenhamos exatamente os mesmos gestos para fazer, as mesmas decisões para tomar, os mesmos problemas para resolver.
Ao mesmo tempo, não é tão anárquica ou mutante que devamos, constantemente, reinventar tudo. A vida humana encontra um equilíbrio, o qual varia de uma pessoa ou fase do ciclo de vida para outra, entre as respostas rotineiras para situações semelhantes e as respostas a serem construídas para enfrentar obstáculos novos. (PERRENOUD, 1999, pp.28-29)
Certa vez, durante um trabalho de grupo com professores, perguntou-se aos participantes que tipo de coisas se aprende ao longo da vida. A primeira resposta ouvida foi "Tudo!", acompanhada por olhares que pareciam expressar hesitação, certeza, indignação, curiosidade, dúvida, concordância, discordância, reflexão e tantos outros sentimentos humanos que podem ser despertados quando o assunto tratado é tão essencial: aprendizagem.
Essencial porque, como diz Perrenoud (1999), estamos constantemente sendo confrontados a situações mais ou menos novas, para as quais sentimos necessidade de encontrar soluções, sejamos nós um bebê de alguns meses de idade que faz movimentos inéditos na tentativa de alcançar um brinquedo que nos interessa, um adolescente que ensaia suas primeiras aproximações da garota de quem gosta, assumindo sua escolha diante dos colegas, ou um adulto que discute com o computador porque não consegue obter os resultados que deseja com os comandos que está aprendendo a executar.
Entretanto, as nossas reações diante de grande parte das experiências deste tipo, em que se precisa construir respostas para enfrentar os novos obstáculos, mostram que tendemos a não encarar com tanta naturalidade estas situações: queixamo-nos, desejamos que alguém mais experiente pudesse resolver o "problema" em nosso lugar, tentamos fugir, acusamos alguém de estar nos causando este "problema", sentimo-nos impotentes, entre outros. Todas essas reações sugerem que a incerteza e o desconhecido provocam em nós uma grande dose de desconforto, ao passo que a certeza e o conhecido despertam, na maior parte das vezes, sensação de estabilidade e equilíbrio.
O que fazer, então, diante desta realidade? Um bom começo para enfrentarmos os diferentes desafios com os quais nos defrontamos ao longo da vida - em diferentes idades, em função das diferentes escolhas que fazemos e das diferentes condições em que nos encontramos - com menos angústia, poderia ser uma mudança de foco, de perspectiva.
Essa mudança pode ser expressa da seguinte forma: transferir parte da energia que investimos na busca incessante de resultados prontos, certos e ideais - que muitas vezes nos paralisam totalmente, pelo medo que sentimos de conseguir como resultado qualquer coisa que não seja a "perfeição" - para a compreensão e desenvolvimento dos processos que nos conduzirão inevitavelmente aos resultados - de forma progressiva e constante.
A prática de construir combinados tem sido realizada por diversos educadores e instituições de ensino, com sucesso. As teorias mais recentes sobre educação costumam apoiar esta idéia, defendendo um panorama mais democrático em sala de aula. Como não podemos voltar no tempo e ao mesmo tempo precisamos mudar para garantir uma relação de respeito entre educadores e educandos, acreditamos que investir na construção de combinados e lutar para mudar a concepção vigente sobre autoridade são condições essenciais para o fortalecimento da cultura da paz - tão almejada - na sociedade.
Ao invés de, por exemplo, ficarmos frustrados porque não estamos percebendo a motivação que esperávamos em uma determinada turma - o que corresponderia ter o foco no resultado, reforçando o nosso sentimento de frustração, o que interfere de forma negativa em nossas ações -, podemos reavaliar a nossa própria percepção sobre a situação (existe algum momento em que os alunos parecem mais motivados? menos motivados? a que estou atribuindo esta falta de motivação? seria possível pensar em outras razões para este comportamento da turma?), a forma como estamos comunicando as nossas necessidades à turma e ouvindo as dos alunos, ou as estratégias que estamos utilizando para alcançar os nossos objetivos (afinal de contas, é loucura tentar conseguir resultados diferentes fazendo as coisas sempre do mesmo jeito!) - e nestes três casos, o nosso foco estaria sendo o processo, fortalecendo o nosso sentimento de possibilidade de mudança, o que interfere de forma positiva em nossas ações.
Conhecimentos e Competências: uma questão de prioridade
Sejamos nós crianças, jovens ou adultos, estamos em constante processo de formação, aprendendo quem somos nós, a nossa língua, a nossa cultura, os nossos valores, aprendendo a nos relacionar com nossos pares ou com pessoas de idades diferentes das nossas, aprendendo a aprender, a trabalhar, a responsabilizarmo-nos por nossas atitudes e escolhas, a tornarmo-nos independentes, a impor nossos desejos, a canalizar nossa agressividade de diferentes formas... e todos esses aprendizados tornam-se possíveis se, e apenas se, estivermos dispostos a "aprender, fazendo, o que não se sabe fazer" (MEIRIEU in: PERRENOUD, 1999, p.55).
Se observarmos com atenção nossas atitudes, e as das pessoas ao nosso redor, principalmente se já somos adultos, perceberemos que nossa tendência é hesitar diante de situações inéditas, como se estivéssemos esperando o momento ideal, aquele em que estaríamos preparados, para enfrentar o novo desafio: hesitamos em começar a escrever um texto, a falar em uma língua estrangeira, a assumir uma nova função, a conversar com uma pessoa estranha, a colocar em prática uma estratégia diferente para trabalhar com os alunos em sala de aula, a entrar em uma sala de aula onde não conhecemos os colegas. Entretanto, este momento, em que estaríamos prontos, não existe, ele é ideal.
Por exemplo, o ato de caminhar. Para nós, adultos, este é um comportamento tão automático que até mesmo esquecemos que, para chegar ao nível de desempenho que temos hoje, passamos por um processo longo e muitas vezes penoso - tanto física como emocionalmente. Além da imprescindível maturação do sistema nervoso central, foi-nos necessário executar uma série de movimentos que avançavam em níveis crescentes de complexidade: controlar o movimento dos quatro membros e da cabeça, rolar, ficar de quatro, engatinhar, ficar de pé, andar com apoio, andar sem apoio, correr. E esse mesmo tipo de disposição para "fazer o que ainda não se sabe fazer" é que nos permite desenvolver as mais diversas competências.
Competência é "[...] uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles" (PERRENOUD, 1999, p.7). Há algum tempo, durante um trabalho com outro grupo de professores, uma das participantes comentou que achava curioso o fato de que muitas vezes temos muita familiaridade com uma determinada informação, mas que isso não garante, por si só, que sejamos capazes de fazer uso deste conhecimento. Existe atualmente um investimento cada vez maior em campanhas informativas - de prevenção a AIDS e às DST, contra o abuso do álcool, contra epidemias como a dengue, entre outras -, mas é interessante perceber que apesar disto, ainda persiste uma lacuna significativa entre a quantidade e a qualidade de informação transmitida e os resultados efetivos alcançados. E este é apenas um dos inúmeros exemplos que poderíamos explorar para discutir a relação entre conhecimento e competência.
"Sabemos" como podemos nos comunicar para evitar mal entendidos, como gostaríamos de educar nossos filhos, como devemos agir para respeitar os mais velhos, conhecemos as fórmulas de física e as regras gramaticais do português... mas quanto deste conhecimento realmente conseguimos colocar em prática? Por que esta lacuna entre o que se "conhece" e o que se "coloca em prática" se mantém?
Segundo PERRENOUD (1999, p.8), as nossas competências - que são expressas através de nossas ações - "não são, em si, conhecimentos; elas utilizam, integram, ou mobilizam tais conhecimentos". Conhecimentos "[...] são representações da realidade, que construímos e armazenamos ao sabor de nossa experiência e de nossa formação" (PERRENOUD, 1999, p.7). Competência é mais do que a aplicação pura e simples de conhecimentos, pois ela implica um juízo que permite avaliar a pertinência dos conhecimentos para dada situação e mobilizá-los com discernimento.
Portanto, se o que se deseja é, por exemplo, que um jovem coloque em prática, no seu cotidiano, valores que aprende na família, na escola e/ou com colegas, tais como tratar as pessoas com respeito, é necessário mais do que a repetição pura e simples de informação. Da mesma forma, se nós, adultos, desejamos sair do plano do discurso e colocar em prática, no nosso cotidiano, atitudes que consideramos ideologicamente valiosas, tais como respeito, profissionalismo e cidadania, precisamos ir além das idéias. "Trabalhar para o desenvolvimento de competências não se limita a torná-las desejáveis, propondo uma imagem convincente de seu possível uso, nem ensinando a teoria, deixando entrever sua colocação em prática". (PERRENOUD, 1999, p.55).
Desenvolver competências significa, portanto, encontrar um equilíbrio entre os conhecimentos e sua implementação, pois ambos são complementares. Não se trata, de forma alguma, de valorizar um em detrimento do outro, mas sim de estabelecer prioridades, visto que tanto a transmissão de conhecimentos como o desenvolvimento de competências exigem tempo. Precisamos decidir o que queremos para nós, assim como para as nossas crianças e adolescentes: "cabeças bem-cheias" - investindo preferencialmente na aquisição do campo mais amplo possível de conhecimentos, sem preocuparmo-nos com sua mobilização em situações do cotidiano, pois confiamos que a construção de competências ocorre de forma espontânea - ou "cabeças bem-feitas" - privilegiando o exercício intensivo da mobilização de conhecimentos em situação complexa, com a consequente necessidade de limitação da quantidade dos conhecimentos ensinados.
Que competências buscamos?
Aponta-se com enorme frequência, atualmente, no contexto escolar, falhas no desenvolvimento de competências dos alunos, tanto no nível cognitivo (dificuldade em identificar o problema, em diferenciar as informações relevantes das irrelevantes, em formular hipóteses, em estabelecer comparações de forma espontânea, em relacionar diferentes fontes de informação e/ou experiências, em comunicar-se através de uma linguagem clara e precisa, impulsividade, entre tantas outras), como no nível emocional (dificuldade em identificar seus sentimentos e expressá-los de forma adequada, baixa tolerância à frustração, agressividade, baixa auto-estima, entre outros) e no nível social (dificuldade em conviver com a diferença, em trabalhar em grupo de forma cooperativa, em comunicar-se sem agredir, em responsabilizar-se pelos seus atos, envolvimento em brigas, falta de espírito de cidadania, entre outros). Sem dúvida alguma, todas elas são competências fundamentais no processo de formação desses jovens, ou melhor, de jovens e adultos, afinal de contas, quem não conhece um único homem ou mulher que não sofra, no seu cotidiano, as consequências de falhas significativas em algumas das competências acima citadas?
Mas, como afirmamos anteriormente, tais competências não se constróem simplesmente através da exposição a informações, e muito menos de forma espontânea, como se fizessem parte da "programação" de todo ser humano.
As potencialidades do sujeito só se transformam em competências efetivas por meio de aprendizados que não intervêm espontaneamente, por exemplo, junto com a maturação do sistema nervoso, e que também não se realizam da mesma maneira em cada indivíduo. [...] As competências, no sentido que será aqui utilizado, são aquisições, aprendizados construídos, e não virtualidades da espécie (PERRENOUD, 1999, pp.20-21)
A construção de competências não se faz do dia para a noite...
Como conseguimos, por exemplo, chegar a um ponto em que basta darmos uma olhada em um problema de matemática para identificarmos imediatamente a sequência de raciocínio necessária para resolvê-lo... ou que somos capazes de nos aproximar de uma pessoa que nos evita ou nos hostiliza porque está muito chateada conosco... ou que conseguimos envolver um determinado aluno de forma tal que ele passa a contribuir com a coesão do grupo ao invés de prejudicá-la?
Há pessoas que fazem isso de forma tão eficiente, espontânea e imediata que tendemos a acreditar que elas foram abençoadas com um dom muito especial. É verdade que cada um de nós possui diversos dons (e, infelizmente, muitos de nós passam a vida sem descobrir ou valorizar muitos deles!), coisas que somos capazes de fazer com muita maestria e desenvoltura. Contudo, os desafios com os quais nos deparamos no nosso cotidiano exigem de nós atitudes que, na maior parte das vezes, não são nada espontâneas (como, por exemplo, não agredir quando se está "fervendo" por dentro), que exigem de nós um grande dispêndio de energia, muita paciência e tenacidade, mas que podem gerar resultados extremamente recompensadores. Para que estejamos melhor preparados para engajarmo-nos neste processo de construção de competências, que tal darmos uma olhada mais de perto nos elementos que o compõem?
Nascemos providos de alguns poucos esquemas hereditários, a partir dos quais construímos outros de maneira contínua. Tomemos como exemplo a nossa comunicação. Na idade adulta, somos capazes de adaptar a nossa comunicação (estilo de linguagem, entonação, tom de voz, ritmo, linguagem corporal, conteúdo) a diferentes contextos e pessoas (em casa, com diferentes amigos, com colegas de trabalho, com desconhecidos, com colegas de turma, com crianças pequenas, com pessoas com necessidades especiais, na rua, em uma reunião, em uma festa, entre outros).
Contudo, essas habilidades são desenvolvidas de forma progressiva e constante, desde o nosso primeiro dia de vida. O reflexo do choro é uma capacidade inata ao ser humano, que utilizamos durante um bom tempo para dar expressão e comunicar os nossos estados interiores de desconforto, para os quais ainda nem temos rótulos, mas que já estamos começando aprender, através das crianças e adultos que conversam conosco, interpretando nosso choro e dizendo se estamos tristes, com fome ou cansados. Aos poucos, vamos sendo obrigados pelo ambiente ao nosso redor (adultos) a substituir o choro por outros esquemas de comunicação, mais precisos e elaborados, como os gestos e a linguagem verbal.
Quando não somos confrontados com esta necessidade imposta de aperfeiçoar os nossos esquemas de comunicação, temos grandes chances de mantermo-nos estagnados nos esquemas que já estão bem cristalizados e integrados em nós. O mesmo acontece com a nossa forma de resolver problemas, de trabalharmos, de relacionarmo-nos com as pessoas ao nosso redor, de lidarmos com conflitos, de impormos as nossas necessidades e desejos, de darmos vazão a nossa agressividade, para citar apenas alguns exemplos.
Portanto, podemos dizer que, ao longo de sua vida e partindo de alguns poucos esquemas inatos (considerando esquema como uma "[...] estrutura invariante de uma operação ou de uma ação, [que] não condena a uma repetição idêntica. Ao contrário, permite, por meio de acomodações menores, enfrentar uma variedade de situações de estrutura igual" [PERRENOUD, 1999, P.23]), todo indivíduo desenvolve uma série de outros esquemas, mais complexos e diversificados, que lhe permitem buscar soluções eficientes para as situações nas quais ele se encontra.
No ser humano, com efeito, os esquemas não podem ser programados por uma intervenção externa. Não existe, a não ser nas novelas de ficção científica, nenhum "transplante de esquemas". O sujeito não pode tampouco construi-los por simples interiorização de um conhecimento procedimental. Os esquemas constroem-se ao sabor de um treinamento, de experiências renovadas, ao mesmo tempo redundantes e estruturantes, treinamento esse tanto mais eficaz quando associado a uma postura reflexiva. (PERRENOUD, 1999, p.10)
Afirmamos há pouco que a construção de competências não se dá nem de forma espontânea (que equivaleria à famosa expressão: "aprender por osmose"), nem por simples exposição a informações (através de regras, procedimentos, leis, comandos, dicas, instruções, diretrizes, descrições, ordens e tantas outras formas de comunicação), e acrescentamos agora que ela não acontece através de um "transplante" (mas, apesar disso, vivemos dizendo: "Ah, se eu pudesse abrir essa cabeça e enfiar tudo o que precisa ser aprendido dentro... seria tão bom!"). PERRENOUD aponta-nos outros dois elementos essenciais para a construção de competências, além dos esquemas: treinamento e reflexão.
O treinamento, que implica a oportunidade de experiências renovadas e, ao mesmo tempo, redundantes e estruturantes, permite o trabalho isolado dos diversos elementos de uma competência e a integração desses elementos em situação de operacionalização. É possível enumerar uma série de situações cotidianas que ilustram esta idéia: um tenista que pratica alguns movimentos isolados a fim de dominá-los e aperfeiçoá-los, ao mesmo tempo em que progressivamente os insere em situação de jogo; um professor que exercita algumas técnicas de ensino durante um curso e aos poucos integra algumas delas em suas próprias aulas; um adolescente que conhece e exercita formas alternativas para lidar com conflitos cotidianos nos encontros do grupo de Embaixadores da Não-Violência, e aos poucos aplica tais conhecimentos fora do grupo, em casa, na escola, em outros grupos de jovens, entre outros.
O que há em comum entre todas as situações enumeradas é o uso do tempo para praticar e aperfeiçoar as novas habilidades, e a reflexão. Por que a reflexão? Porque em todas as competências citadas, existe um caráter de novidade, de ampliação dos esquemas de ação já existentes (seja para o tenista que já possuía um bom nível de coordenação motora antes de começar a aprender a jogar tênis; seja para o professor que já utiliza uma série de técnicas de ensino em sala de aula, consciente ou inconscientemente; seja para o adolescente que vai substituir algumas das atitudes que utilizava para enfrentar situações de conflito).
Ou seja, é preciso encontrar alternativas para um esquema já cristalizado (aquele em que não se observa "quase nenhuma defasagem entre o momento em que se apresenta a situação e o momento em que o sujeito reage", a mobilização é quase instantânea), pois na situação atual ele não se mostra eficaz, e a mobilização de novos esquemas "não é evidente, não é rotinizada, requer uma reflexão, uma deliberação interna, uma consulta até de referência ou de pessoas-recurso" (PERRENOUD, 1999, p.25).
Portanto, independentemente do tipo de competência de que estejamos falando (cognitiva, emocional ou social), o estabelecimento de esquemas cristalizados (que nos permitem responder adequadamente às situações de forma quase automática, com um nível tal de desenvoltura e domínio que pode até parecer, aos olhos de outros, que se trata de habilidades e competências inatas) é fruto de um processo de aprimoramento constante, que depende de tempo para a prática e a reflexão, e uma prática que mescle de forma equilibrada repetição e variedade de estímulos.
Ao mesmo tempo, nunca chegará um momento, na vida de nenhum de nós, em que teremos rotinizado todos os esquemas necessários à nossa sobrevivência, pois teremos, com maior ou menor frequência, obstáculos e limites dos conhecimentos e dos esquemas disponíveis, que nos obrigarão à passagem de um funcionamento já cristalizado para um funcionamento reflexivo, o que nos confere uma das características mais fundamentais do ser humano: flexibilidade.
Algumas conclusões...
Ao observarmos com atenção os nossos dias e os nossos sentimentos diante das situações nas quais nos colocamos, torna-se claro - mas não necessariamente algo fácil de se assumir! - que a aprendizagem é uma necessidade constantemente imposta pela vida.
Aprender significa tornar-se capaz de colocar em prática, no momento oportuno, conhecimentos que se adquiriu através das mais diversas experiências (observando os fenômenos da natureza, respeitando e desrespeitando regras, assistindo às aulas na escola, brincando, observando as atitudes das pessoas ao nosso redor, conversando, ouvindo conversas de outras pessoas, viajando, comendo, praticando esportes, lendo, fazendo algazarra, indo a festas... é infinito o número de experiências que podem nos proporcionar aprendizados!), significa construir competências.
Desde o nosso nascimento até o dia de nossa morte, temos oportunidade para desenvolver competências em diversos campos: cognitivo, emocional, social. Contudo, elas não surgem de forma espontânea, não podem ser transferidas como em um passe de mágica e também não são inatas. Elas são construídas através de um processo contínuo e constante que exige tempo, reflexão e muita prática. Vida dura, não é? Não é à toa que se diz que "cada um gostaria de saber, mas não necessariamente de aprender" (MEIRIEU in PERRENOUD, 1999, p.69)!
Entretanto, é a construção de uma grande variedade de competências, em níveis crescentes de complexidade, que permite a nossa evolução e quem sabe isto seja o que mais nos deixa felizes: saber que estamos crescendo (não é verdade que muitas vezes, quando conseguimos coisas que desejávamos há muito tempo, ou temos sucesso, ou realizamos nosso sonhos, ficamos felizes mas logo em seguida sentimo-nos insatisfeitos ou já estabelecemos novas metas, isso quando não chegamos a pensar "Mas era só isso?")!
A Violência, em suas múltiplas formas e níveis de expressão, sinaliza-nos que precisamos desenvolver novas competências, pois muitos dos esquemas que já temos constituídos têm-se mostrado ineficazes e até mesmo inadequados. Nas relações humanas, por exemplo, percebemos que grande parte das agressões e violências cometidas, tanto físicas como simbólicas, surge como forma de defesa e, maior parte das vezes, ao invés de levar a uma solução dos problemas, provoca o seu agravamento.
O trabalho desenvolvido pelo Projeto Não-Violência® tem como objetivo, tanto no seu programa voltado para os jovens - Embaixadores da Não-Violência - como naqueles voltados para os adultos - Grupos de Aprendizagem e Qualidade de Vida - a construção de competências: desenvolver habilidades cognitivas, emocionais e sociais para lidar com problemas e conflitos de forma pacífica (e não passiva!), quebrando o ciclo da agressão e garantindo o respeito a si próprio e ao outro.
Entendemos que a quebra deste ciclo não é uma tarefa fácil, pois implica trabalhar nossas próprias resistências, que são muito verdadeiras e racionais (preservar interesses adquiridos, não querer complicar a vida e nem ter muito trabalho, não ter certas incompetências colocadas em evidência, não ameaçar o frágil equilíbrio construído em várias relações interpessoais, não ter angústias reanimadas, para citar apenas algumas...).
O primeiro passo poderia ser, então, dar-se o direito de ousar e falar dessas resistências e reações, e trabalhar a partir delas, investindo tempo, reflexão e prática para, cada vez mais, ter coragem para "aprender fazendo o que não se sabe fazer".

10 Razões porque sou contra a redução da maioridade penal.

Sobre a Cultura de Paz

Manifesto Projeto Não-Violência
10 razões porque somos contra a redução da maioridade penal
1. Culpabilização do adolescente.
As estatísticas (1) demonstram que apenas 0,2% dos adolescentes (entre 12 e 18 anos) estão cumprindo alguma medida sócio-educativa no Brasil por terem cometido crimes. Isso prova que a criminalidade não é maior nesta faixa etária, ou seja, não há um problema específico relacionado à maioridade penal.
2. Desvio do foco das verdadeiras causas.
A discussão sobre maioridade penal desvia o foco das verdadeiras causas do problema da violência, colocando a culpa no adolescente. As pesquisas (2) realizadas nas áreas social e educacional apontam que no Brasil a violência está profundamente ligada a questões como: desigualdade social (diferente de pobreza!), exclusão social, impunidade (as leis existentes não são cumpridas, independentemente de serem "leves" ou "pesadas"), falhas na educação familiar e/ou escolar principalmente no que diz respeito à chamada educação em valores ou comportamento ético, e, finalmente, certos processos culturais exacerbados em nossa sociedade como individualismo, consumismo e cultura do prazer.
3. Reações emocionais motivadas pelas "más notícias" veiculadas pela mídia.
Em geral, quando tomamos conhecimento de histórias de crimes bárbaros cometidos por jovens, temos naturalmente um sentimento de indignação, que por sinal é muito justificado. Porém, quando tomamos contato com números que mostram que apenas 2 em cada 1000 adolescentes se envolvem em crimes, podemos relativizar esta indignação e não generalizá-la a todos os jovens, uma vez que esses crimes bárbaros, apesar de serem chocantes, são casos isolados.
4. Crença de que as leis mais "pesadas" resolvem o problema.
Muitas vezes imaginamos que leis mais rigorosas poderiam combater a violência e melhorar a situação brasileira. Mas essa idéia certamente é equivocada, uma vez que encontramos vários exemplos históricos e atuais de regimes extremamente rígidos em diversos países, que ainda assim não conseguiram reduzir ou resolver o problema da violência. Na verdade, não precisamos de leis mais rígidas, mas sim de rigor e ética no cumprimento das leis que já existem. Sem contar que no Brasil é muito comum haver injustiça e preconceito na aplicação das leis. Pobres e negros lotam os presídios enquanto políticos corruptos continuam no poder, abusando dos seus privilégios. Se as leis forem mais rígidas, obviamente essa rigidez também afetará automaticamente o setor excluído da sociedade e não as camadas dominantes. Sendo mais claro: da forma como estamos, se um adolescente pobre cometer um crime certamente será preso, mas dificilmente um filho da elite sofrerá a mesma punição.
5. Satanização da adolescência pela sociedade.
Quando queremos reduzir a maioridade penal parece que há um discurso implícito que diz mais ou menos o seguinte aos adolescentes: "nós desconfiamos de vocês... se não andarem na linha, nós vamos puní-los com rigor!" Ou seja, passamos a cultivar um espírito de desconfiança, tratando os adolescentes como se fossem nossos inimigos. No entanto, sabemos que a adolescência é uma fase em que o ser humano é tomado por diversos conflitos e um forte sentimento de insegurança, de maneira que nossa desconfiança pode ter o poder de acentuar ainda mais as dores de um período por si só doloroso. Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para construção de uma sociedade melhor, e não como vilões que estão colocando a nação em risco.
6. Crença de que os jovens terão medo da punição e cometerão menos crimes.
Por que temos medo de receber uma punição como a prisão? Certamente porque gostamos de viver a vida em liberdade, temos uma boa rede de afetos (família e amigos), temos uma rotina que de alguma forma tem atividades estimulantes, das quais não queremos abrir mão. Então, se um adolescente tiver auto-estima baixa, pouca referência afetiva e uma vida muito difícil, será que ele vai se importar com um punição mais rigorosa? Será que terá tanto medo quanto nós temos, a ponto de deixar de fazer alguma coisa para não ser punido? E não são justamente estes adolescentes que cometem crimes mais graves, os que já não têm uma vida digna a prezar? Muitos já arriscam a própria vida todos os dias convivendo com traficantes, chefes de quadrilhas e gangues, então, por que então terão medo da lei? As punições só podem causar medo e impedir o crime quando aprendemos a gostar de viver e sentimos a necessidade de lutar pela vida que ganhamos e construímos. Até mesmo a morte não causará medo em pessoas que não têm perspectiva.
7. Crença de que a prisão educa.
Reduzindo a maioridade penal, adolescente vão para a prisão. E daí? Depois de tudo o que sabemos sobre as condições dos presídios brasileiros, como ainda acreditamos que um adolescente poderá aprender alguma coisa e se reeducar num sistema que não oferece nenhuma condição de educar ninguém?
8. Crença de que a lei atual é "mole" e o ECA enfatiza apenas os direitos.
Para quem pensa desta forma, o desafio é ler o Estatuto da Criança e do Adolescente. Esta lei foi criada para proteger os menores de 18 anos de comportamentos gravíssimos cometidos por adultos, como negligência, espancamento e abuso sexual. Mas, ao mesmo tempo que protege, garantindo os direitos, a lei também exige os deveres e prevê reparações de erro, trabalho comunitário, tratamento e até mesmo privação de liberdade para o caso de jovens em conflito com a lei. Assim, mais uma vez o problema não é a lei que é frouxa, mas o fato das leis existentes não serem cumpridas ou serem cumpridas de maneira inadequada. Muitos adolescentes que são privados da sua liberdade, por exemplo, não ficam em instituições efetivamente preparadas para reeducar estes jovens e acabam reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. Um ambiente adequado para cumprimento de medidas sócio-educativas precisa contar com profissionais preparados e recursos adequados para recuperar o ser humano.
9. Dificuldade de admitirmos a nossa parcela de responsabilidade.
O ser humano, em geral, tem a tendência de olhar muito facilmente a culpa do outro, o erro do outro, o mal que o outro causa, e uma imensa dificuldade em olhar para si e enxergar a sua própria culpa, os seus próprios equívocos, o seu próprio mal. É a velha e sábia história: olhamos para o cisco no olho dos outros e não retiramos o cisco que se encontra em nossos próprios olhos. Assim, defendendo a redução da maioridade penal corremos o risco de olhar apenas para o adolescente e esquecer o nosso próprio egoísmo, nossa falta de solidariedade, nossa indiferença social, nosso consumismo, nossa ostentação... fatores que reforçam a desigualdade social e contribuem para deixar os jovens mais desamparados e perdidos em termos de valores. Não podemos simplesmente querer punir jovens que cometem crimes sem lembrar que dos pequenos crimes de descaso que cometemos no dia-a-dia.
10. O ódio em alta.
O perdão e o amor em baixa. Este é o ponto mais difícil de ser tratado porque mexe com áreas muito profundas do nosso ser. Certamente a indignação causada pelas notícias de jovens que cometem crimes nos levam facilmente ao ódio e o ódio nos leva a procurar uma forma de vingança, despertando o desejo de dar uma punição extremamente rigorosa aos criminosos. Quando pensamos do ponto de vista da vítima, imaginando o sofrimento pelo qual passou e a dor que atingiu a família, é quase natural que esse ódio seja reforçado. Porém, apesar de difícil, vale a pena o exercício de tentar pensar no lado do criminoso. Um jovem que comete um crime bárbaro tem sua vida marcada para sempre (sua consciência e o julgamento da sociedade são cruéis); uma vida que poderia ter se tornado mais um brilho para dar luz ao mundo, foi apagada; uma energia que poderia ajudar na transformação do mundo foi interrompida; uma chama criativa que poderia contribuir para melhorar a raça humana, foi extinta, talvez para sempre. Se pensarmos assim, talvez encontremos um espaço para a compaixão e o perdão... porque a vida que fica talvez não sofra menos do que a vida que se foi... Além disso, quando assistimos um jovem que se envereda pelos caminhos tortuosos da criminalidade, de certa forma nos deparamos com nosso próprio fracasso enquanto sociedade... fracasso por não termos conseguido conduzir uma vida para sua realização plena e ética, enquanto ser humano.
(1)Fonte: Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SEDH).
(2)Sposito (2001), Zaluar & Leal (2001), Debarbieux (2001).

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Boa notícia.Jabuticaba no combate ao câncer.

Compostos da casca da fruta reduzem em até 50% células cancerígenas.
Efeito foi constatada contra leucemia e câncer de próstata, diz pesquisador.

Segundo o pesquisador da Faculdade de Engenharia de Alimentos Mário Roberto Maróstica Junior, alguns compostos presentes na casca da fruta reduzem em até 50% a produção de células cancerígenas.

O professor explica que os chamados compostos fenólicos, que dão a tonalidade escura à fruta, atuam diretamente em duas etapas do desenvolvimento de células do câncer. A propriedade antioxidante da jabuticaba combate os radicais livres responsáveis pela primeira etapa da multiplicação das células.
Na segunda fase, a fruta inibe a ação de enzimas responsáveis pelo surgimento da célula cancerígena. “Com isso, a jabuticaba pode ser potente nas duas fases importantes do desenvolvimento do câncer”, explica o professor.
As descobertas da pesquisa que se estendeu durante cinco anos ganharam repercussão internacional com as publicações no British Journal of Nutrition e o canadense Food Reserch Internacional, duas das revistas científicas mais respeitadas do mundo.
Com as conclusões dessa primeira etapa do estudo, o grupo de pesquisa planeja um segundo passo no qual pretende realizar testes com a ingestão do extrato da casca da jabuticaba usado em roedores com câncer. “O próximo passo é estudar o efeito da alimentação com casca de jabuticaba nesses modelos animais com câncer”, disse Maróstica Júnior. A próxima etapa deve iniciar ainda este ano e a previsão é de que se estenda por pelo menos mais 12 meses.
Outras propriedades
Outra parte da pesquisa envolveu ratos obesos, onde a farinha da casca de jabuticaba virou ração. Os resultados mostraram que o consumo diário pode ter efeito na prevenção de doenças como o diabetes tipo 2. “A casca oferecida durante 30 dias aos animais provou ser eficaz na redução de 10% de glicemia e na redução do colesterol sanguíneo”, explicar o professor.
Baseados nestas descobertas, os pesquisadores elaboraram uma receita de saúde: dez unidades de jabuticaba consumidas por dia,  com a casca, aliadas a uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos, seriam suficientes para auxiliar na prevenção de doenças. “A mensagem desta pesquisa é alertar as pessoas sobre como uma alimentação rica em frutas pode contribuir para prevenir  doenças degenerativas”, resume o pesquisador.
Com informações do G1 e EPTV