quinta-feira, 25 de junho de 2015

O menino mau.




O menino mau.

Ele não nasceu mau...
Quando nasceu era igual a todos os recém nascidos.
Tinha as mesmas características dos bebês ao nascerem.
O mesmo choro de fome, o mesmo choro de pedido de colo e acalento.
As mesmas necessidades dos que dependem dos outros para serem mantidos vivos,
Precisou de alguém que o alimentasse, suprisse as necessidades elementares.
Precisou de alguém que o ensinasse a dar os primeiros passos, a pronunciar as primeiras palavras.
Necessitou de alguém que o fizesse aprender as primeiras regras da vida. que o conduzisse a escola.

Alguém caminhou com ele nos dias vindouros, alguém enxugou seu choro.
Alguém riu com ele, seus primeiros sorrisos.
Fez suas primeiras amizades, desviou da verdade,
Buscou conquistas diferentes,
Caminhou por caminhos tortuosos,

Saiu dos padrões que a sociedade impunha,
Partiu referencias pré-estabelecidas.
Quebrou disciplinas, escorregou nos ralos da vida.
Viu o céu tornar-se ameaçador, tornou-se agressor.
Saiu mundo afora, praticou maldades sem fim.

Um rótulo. Somente um jargão!
Um dia morreu...
Ah. Mas era só um bandido...



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